domingo, 25 de julho de 2010

(re)ver[ter]

Será que você vai ver?
Será que você vai se arrepender?
Ou será que vai rever?
Tudo o que fez e não fez
Neste tempo gasto,
passado e rasgado.
Tudo o que íamos fazer,
O que fizemos
E estávamos fazendo.
Incertezas de um talvez
Que não vão acontecer.
Será?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deleito momento


Fico na espera agradável,
Desagradável.
Ansioso, não posso esperar.
Quero tudo para agora, ontem se possível.
E quem disse que, alguém como eu,
Pode não querer o agora?
Digo que quero. Não posso.
Aceito.
Mas continuo querendo
Na espera do amanhã.
Das palavras, do toque
Da sua ligação, das suas falas tolas
Do seu cheiro na minha mão...
Das suas palavras é o que eu mais sinto
E espero.
Continuo falando sozinho
Com as paredes, insetos, árvores e matas
Esperando uma resposta, talvez de ninguém,
Que você não me da.
Mas um dia vai dar, assim espero.
Continuo esperando, agradável e desagradavelmente,
Uma resposta
Para este ansioso que vos fala.
Quem sabe completar
Me completar.

domingo, 11 de abril de 2010

Azul de tom claro.


Hoje eu cheguei em casa pela manha. Só cheguei hoje porque estava com você ontem de noite, e que noite. Pois bem, cheguei em casa, abri a porta e reparei que minha casa estava azul. Não azul, como se as paredes estivessem pintadas. Estava azul em aura. Tudo bem que minha mãe usava um pijama azul, mas isso não influenciou. Estava frio porque passei a noite com você, e agora, sem você, ficou frio. Antes estava quente, com seu corpo junto ao meu.
Voltando, minha casa estava tão fria que ficou azul. Mas não era qualquer azul, parecia um azul que deixava tudo mais escuro apesar de ser um tom claro. Escurecia a minha vista e deixava a minha sala menor do que ela era, até as pessoas ficavam um pouco turvas. Nosso quarto ontem, se é que tinha um tom, por causa de tantos espelhos, podia ser considerado um tom de madeira escura. Tinha um carpete verde também, mas mesmo assim fazia frio, mas ficamos quentes um com o outro. As paredes da minha casa são brancas com prateleiras e espelhos num tom ocre, o que deveria acalorar a sala. Mas ela estava azul.
Alias ontem quando eu estava com você reparei nos azulejos do banheiro, não sei porque, mas reparei. E reparei também em como nós nos damos bem quando estamos sozinhos e quase não discutimos. Minha mãe não discute comigo, alias quase não discutimos, com o intuito de brigar, mas conversamos sobre todos os assuntos. Só não posso dizer sobre você, sabe como ela fica, acha que eu não vou me concentrar nos estudos se eu tiver enamorando alguém. Coisas de mãe, superconservadora, sabe. Ela não entende que você me faz bem, me dá um motivo pra sonhar, acordar, estudar. Ela não vê como uma paixão pode nos incentivar.
Atentando à sala da minha casa. Estava tão frio que me deitei no sofá com uma preguiça que você não poderia imaginar. Sabe quando você viaja pra algum lugar bem frio e fica aquele clima de montanha? É, eu estava assim, com vontade de tomar um chocolate quente e me deitar no sofá com uma meia de lã e um cobertor bem quentinho na frente da TV. Aliás, o Rio está com esse climinha frio, e não posso reclamar. É ótimo para ficar perto de você, que me esquenta com seu corpo. Ao contrário da minha casa nessa manhã, que estava com a aura azul de tanto frio que eu sentia porque não tinha você comigo de novo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Invento Contento

 
Hoje eu queria ter você por perto. Pra poder ter suas mãos por entre meus cabelos, alisando-os carinhosamente. Nesse tempo chuvoso e frio eu queria ter você por perto. Para aquecer o meu corpo junto do seu, vendo o tempo se esvair e só precisar me preocupar em te beijar. Minha visão romântica da vida me permite ver um final de semana inteiro, no qual passamos juntos, sem se preocupar com nada. Hoje queria ter você aqui pra te contar isso. Contar que sinto sua falta, da sua mão pegando na minha e seus lábios. Mas você não está, e por isso conto tudo isso para as paredes. O meu querer é muito maior do que possa se imaginar, na verdade só eu imagino. Mas fico pensando que eu imagino muito, indagando a vida e o quão dura ela é. Queria que você estivesse aqui pra me dizer o contrário, que tudo vai melhorar, seguido de um abraço, um afago. Mas hoje já acabou e eu não te vi. E amanhã não vou te ver. Será que um dia eu te encontro? Ou você me encontra. Quem sabe o destino não junta a gente. Bom, o fato é que eu queria você por perto e não o tenho. Acho que se eu tivesse o que eu quero sempre, nem eu e nem você iríamos nos separar, porque penso em você o tempo todo, mesmo que eu não saiba quem você é, mas ainda nos encontraremos, tenho certeza. Vou passar os dias esperando você aparecer e quem sabe fazer esses meus sonhos um pedaço de realidade, por mínimo que seja.

Deixo aqui minhas memórias de um dia gélido e passado, indignado pela falta de calor humano e um pouco de paixão. Deixo minhas tristezas de lado ao passo que minhas palavras saem da minha boca, e meus dedos morrem com o fim delas. É a clemência de um novo amanhã, que se perderá em saudade, de novo e de novo.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Compostagem sentimental


Muitas vezes me perguntei o que é o amor. Obviamente não cheguei a nenhuma conclusão, mas sei de uma coisa. Ele é passível de mutação. Assim como qualquer outro sentimento ele muda. Não acredito que o amor, ou a paixão, sejam sentimentos imutáveis. Aliás, a diferença entre paixão e amor é a intensidade. São coisas muito parecidas, mas paradoxalmente, diferentes. Veja bem, o amor é por si só algo inexplicável. O modo como tratamos, aturamos, pensamos, vivemos, convivemos, aceitamos, sacrificamos, beijamos, sentimos, relevamos. Isso tudo conta para o acúmulo ou não do sentimento para ele se transformar em amor. Acho que poucas pessoas já provaram desse sentimento puramente. Posso dizer por mim mesma que eu não faço parte desse grupo seleto de pessoas. Gostaria? Sim. Mas assim é a vida.

Posso também dizer que já passei por situações que me fizeram duvidar do meu sentimento, que me fizeram pensar se era ou não paixão, porque amor eu sei que nunca tinha sido. Não experimentei do amor, e digo do amor, não o paternal, filial ou maternal, mas o que não vem embutido no nosso nascimento. E mesmo esses também podem mudar. Quantos eu já vi que não gostam do pai ou da mãe por motivos próprios. E teoricamente deveria ser um sentimento intrínseco. Enfim, esse outro tipo do amor, o que nós temos um certo controle, e é um amor gerado mas em certo ponto ele pode se tornar incontrolável, é o qual eu me refiro. Digo novamente que nunca experimentei desse privilégio. Paixão? Sim. Esse eu já vivi. E digo que não me arrependo de nenhum deles.

Sabe, o que eu queria mesmo dizer é o que vem agora, é o meu desabafo com o amor. Ou melhor a paixão. É paixão o que sinto e disso eu sei, não tenho dúvidas. É um sentimento diferente dos quais eu já experimentei. Eu sempre me entreguei cegamente aos amantes da minha vida, mas dessa vez foi diferente. As coisas simplesmente fluíam, não teve nenhuma pressão por qualquer motivo. Os sentimentos foram aflorando conforme as coisas caminhavam. E eu acho que esse “conhecimento a longo prazo” foi primordial para que as coisas acontecessem cada uma em seu tempo. Por isso que acho que essa minha fase tem durado tanto tempo e, diga-se de passagem, é o mais longo. Sabe eu nunca fui uma pessoa namoradeira, mas até que eu estou gostando dessa coisa de menino comportado.

Passei por alguns relacionamentos conturbados na minha vida e acho que por isso sempre fugi deles, fazendo uma prospecção dessas confusões amorosas. Eu vim aqui pra dizer que você não deve se preocupar comigo. Eu estou bem, com uma pessoa incrível. Não pretendo me desfazer deste momento tão especial. Às vezes penso se ficaremos juntos. Sou meio romântico nesses momentos, sonhando com um conto de fadas, que não existe porque pessoas perfeitas nunca existiram e se existissem seriam chatíssimas, com que pudesse passar a vida inteira e morrer juntos no mesmo dia, enterrados lado a lado. Sim eu sei que é uma coisa meio fúnebre, profunda e louca de se pensar, mas quem não tem seus momentos de louco, sentimental e viajado. Eu tenho quase sempre, confesso.

Para finalizar essa minha carta, ao qual se propôs muito pouca a sua finalidade que era informar que eu estava, e ainda estou, bem, mas cumpriu seu papel e se tornou quase um meio de me aliviar das coisas que eu sinto. Eu não tenho com quem conversar muito por aqui. Confesso que em questão de amizade eu estou bem mal. É isso.

Fique em paz,

Miguel.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dicas sustentáveis


Estava navegando num dia de nada-pra-fazer e acabei, como sempre, me deparando com uns "green blogs". Nessa minha aventura internáutica achei o KALOMIX, que é um escritório de design. Nele eu achei uma luminária super legal e simples de se fazer. Vou colocar as fotos aqui e comentar as fotos. Estou cambaleando seriamente para a sociedade verde, o que é muito bom para mim. Me vejo fazendo parte de algumas ações muito interessantes ligadas ao meio ambiente principalmente, e sinceramente, gosto muito de me manter informado sobre as notícias dessa área. Inclusive dentro dos meus interesses profissionais, atuar numa empresa com responsabilidade sócioambiental é um caminho a se tomar. Ainda vou achar uma empresa que tenha fincado esses comprmissos nas suas raízes.

Vamos ao que interessa, o abajour. Gostei muito da idéia e quando eu reformuar a decoração do meu quarto ele estará lá.

Aqueles restos de papel celofane agora serão úteis para montar a sua nova luminária. Então o que temso a fazer é juntar um bom número de cores e pedaços de papel celofane, uma lampada com o conector, um vaso de vidro para poder colocar tudo. Se você usar uma lâmpada fluorescente compacta o seu consumo de energia será menor que uma incandescente, além do que o calor produzido por essas pode derreter o papel, então o melhor é a fluo.

Coloque a lâmpada e depois os papéis amasados, na ordem e nas cores que você mais gosta, de acordo com o seu senso estético.

Enjoy!
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domingo, 17 de janeiro de 2010

Opostos


Sabe, hoje foi o dia de descobrimento, várias coisas que eu percebi sobre mim hoje. Descobri que sou contraditório demais. Que sou compreensível mas me irrito com as decepções daquilo que compreendo. Que sou amigável e grosso ao mesmo tempo. Que falo que não falo, mas na hora falo.

E cheguei a uma conclusão: sou exigente demais. Sou exigente comigo, com os outros. Eu espero demais das pessoas. Acho que elas vão além do que podem ou poderiam ser. Na minha cabeça contraditória penso o seguinte: Se eu posso fazer, por que os outros Tb não fazem? E ao mesmo tempo penso: Não posso cobrar dos outros o mesmo comportamento que o meu. Sou só eu que faço esse tipo de coisa? Tentar se corrigir sem ferir o seu próprio princípio, mas já ferindo? Mudando o comportamento da sua essência pelo simples fato de querer entender, modificar ou aceitar o fora-pra-dentro da sociedade?

Eu compreendo que as pessoas têm as suas próprias vivências e com elas devem aprender, mas também acho que elas não precisam errar pra aprender. Contraditório? Também acho. Por isso acredito que a minha cabeça é confusa demasiadamente e por muitas vezes em vejo pensando muito. Aliás, pensar é uma dádiva e um carma. Ao pensar, demoramos demais para agir, mas se não pensarmos fazemos besteira, falta um plano de ação. Pois bem, nessa hora que me vejo absorto em pensamentos paradoxais, os quais fazem, mas não fazem, se dizendo contra um ao outro, sempre que tento me “iluminar” com alguma conclusão afim de evoluir na questão de “entender e compreender as pessoas”, mas me frustro.

Acho que tudo tem a sua hora certa de acontecer, mas quero tudo agora. Essa ansiedade é que me mata na maioria das vezes. Quero tudo muito rápido, antes mesmo de acontecerem. Não consigo dormir, não consigo pensar em outra coisa, ou sequer relaxar. Então não se sinta ao lado de um louco quando eu mudar de súbito de opinião, é só uma mente confusa e indisciplinada pensando várias frases torneadas e tortas ao mesmo tempo, tentando se definir, se realizar e se achar em meio aos profundos pensamentos inversamente proporcionais da (minha) mente humana.

É isso basicamente o que penso, sinto e sou. Uma pessoa tentando se achar, não se perder no meio do caminho que tinha uma pedra. As aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá, e por isso a grama do vizinho é sempre mais verde. Pensamentos, frases, devaneios.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Jornalismo sensacionalista

Ser estudante é curioso. Aprendemos como deve ser um profissional, viver em crescimento sobre o que é ser um trabalhador. Mas nós achamos que estamos num estado de semi-deus. Digo isso porque tudo é passível de críticas. Sei que isso é errado, mas pelo menos é um jeito de colocarmos em prática o que nos é dado em teoria. Por isso fiz este post, para criticar algo que me chamou atenção na TV.

Um fato curioso sobre o jornalismo é que ele deve ser imparcial. Acho que, primeiramente, a informação virou monopólio. Não há mais de um tipo de veículo que consiga dizer o que quer sem ser criticado e apontado como "MENTIROSO", já que o outro é tido como senhor absoluto da verdade. Ninguém pode contrariar porque será em vão. Mas voltando ao nosso fato curioso, porque esse monopólio de informação não pode pelo menos seguir o preceito básico do jornalismo, a imparcialidade?

Assisti ao Jornal Nacional e me deparei, não com os costumeiros William Bonner e Fátima Bernardes, com Chico Pereira e Uma-Jornalista-que-não-sei-o-nome apresentando. Pois bem, primeiramente eles viraram objetos meramente ilustrativos, já que eles não fazem nada além de "chamar" as reportagens, mas esse não é o foco. As notícias foram feitas para informar, não para emocionar. Em alguns casos não existe como não comover e a notícia acaba sim tomando esse papel, mas ainda assim deve ser nula de opinião.

A respeito das reportagens feitas sobre o excesso de chuvas no país e o quanto ele afetou os brasileiros, percebi toda a bobagem que é o jornalismo, pelo menos atual, deste jornal. Concordamos sim que as chuvas foram fortes, desabrigaram, fizeram famílias sofrerem, casas derrubadas, desesperaram e por ai se segue uma série de enfermidades. Mas daí que realmente se aprofunde a sensibilidade da notícia, que se dê ao trabalho de fazer as pessoas, os entrevistados reviverem o que já foi “esquecido” e mostrar o sofrimento alheio, como um meio de se aumentar a audiência, ou comover o público para uma auto-promoção é, de uma visão minimalista, cruel. Cruel sim, pois ele se aproveita das desgraças para fazer uma boa reportagem, que no fundo fere o primeiro mandamento do jornalismo. Existem dois meios de comover, o riso e o choro. Como não há comedia na reportagem, é mias fácil o choro. Digo o choro na sua forma-zigoto, a tristeza.

Então o sensacionalismo do jornal, juntamente com o suprasumo da informação, fazem com que o brasileiro acredite em tudo que se vê e concorde com tudo o que se diga. A ignorância que foi imposta à sociedade faz com que esse monopólio aumente e seja considerado cada vez mais a verdade absoluta. Incapazes de opinar eles, ou nós, vamos acreditar na opinião daquele que consideramos ideologicamente superior. As reportagens estão nos guiando a ter uma opinião massiva, sem nos questionarmos se é certo ou errado.

Não estou duvidando da força da informação, da sua propagação, e muito menos quero dizer que as chuvas não foram desastrosas. Estou sim criticando a falta de regras no jornalismo atual. Isso não é apenas para as notícias das enchentes, mas de todas as reportagens que eu vi e ouvi. Essas em especial me chamaram atenção para o quão frágil é a ruptura das leis para o sensacionalismo exacerbado da ditadura informacional.

Sem mais.

WEBmigração

"Migrar - 1. Passagem dum país para outro (falando-se de um povo ou de grande multidão); 2. Viagens periódicas ou irregulares feitas por certas espécies de animais. Assim, é migrante a pessoa ou grupo que em determinado tempo teve a ação de se deslocar de um país para outro. "

Podemos definir então como WEBmigração a mudança de endereços de web.

Chega de ser nômade, o Google veio para dominar o mundo, e é improvável que ele se extingue, logo eu vim para ficar neste endereço.

Acho ridícula essa diferença entre o blogger.com e o blogger.com.br. Quem quiser dar uma olhada no meu outro blog, que deve se acabar juntamente com a rede de blogs do blogger.com.br pode dar uma conferida www.insiraumnome.blogger.com.br .